FAQ

Confira as perguntas frequentes sobre os procedimentos cirúrgicos, os resultados e os cuidados necessários. Esclareça as suas dúvidas!

A partir de 4 anos da data da primeira menstruação, espera-se que as mamas mudem pouco. Apesar de ser possível a realização de cirurgias em menores de idade, deve ser discutido juntamente com os pais. A maioria dos casos, foram operados após os 18 anos de idade.

Sim. Foi descrita em 1990 por Dr Tebbets (cirurgião americano), onde engloba uma técnica cirúrgica meticulosa, evitar sangramento durante o descolamento, evitar contaminação do implante e uma sequência de medicamentos que permitam que a paciente se recupere logo, com pouca ressaca.
Ademais, uma sequência de exercícios e alongamentos dos braços, diminuindo a dor e
desconforto.
A paciente não perde sua autonomia, mantém livre todos os movimentos dos braços,
podendo lavar os cabelos, comer e dirigir.
Evita-se apenas atividades de alto impacto e alta carga.

Em cirurgias de aumento simples, temos preferência o sulco mamário (dobra da mama).
Esta via de acesso é considerada menos contaminada, diminuindo o risco de colonizar o implante.
Usamos também o funil introdutor, que evita o contato da prótese com a pele da paciente e com a mão do cirurgião.
Outras opções menos usadas atualmente são a aréola e a axila.

O colo marcado depende do formato da prótese, em geral as próteses redondas de perfil alto ou super alto, combinado com uma forma mamária propícia.
Pacientes com percentual de gordura corporal altos, em geral não terão colo muito marcado pois a gordura “esconde” o implante.
Assim como, pacientes com grande volume mamário prévio, acabam não mostrando o
formato dos implantes e predomina o formato anterior.
Além do percentual de gordura baixo e mamas pequenas, para ter o colo marcado é
necessário que o formato do tórax também seja propício. Se o tórax for muito ovalado, as mamas tendem a ser muito afastadas, diminuindo um pouco a marcação do colo.
Por fim, a adequada sustentação dos implantes também favorece a maior marcação do colo, haja vista que os mesmos preenchem o volume do colo e não se deslocam
lateralmente.

Mamas juntinhas dependem da combinação dos seguintes fatores:
1. Escolha da base (largura) do implante que preencha toda a base da mama
2. Sustentação do implante (a manutenção da porção do músculo lateralmente ajuda
isso).
3. Formato de tórax favorável. Infelizmente algumas mulheres tem a caixa torácica
muito ovalada, não permitindo que os implantes fiquem juntinhos. São limitações da
própria anatomia.

O sutiã interno é uma forma de sutura no sulco da mama, na base da mama. Esta sutura é feita de modo a reforçar o apoio dos implantes, auxiliando na estabilidade dos mesmos.
Desta forma, sim, o sutiã interno pode ajudar na sustentação dos implantes.

Aqui existem duas situações: pacientes com ligamentos frouxos onde simplesmente não há separação nítida entre as mamas, e pacientes com simastia verdadeira. A simastia é um pequeno “defeito de fábrica” onde as mamas nasceram e se desenvolveram muito próximas. O cuidado do cirurgião será sempre não deixar as próteses muito juntas e também não usar implantes muito grandes. Todas estas situações podem fazer o problema parecer pior.

A pior coisa que pode fazer para seu resultado e para sua auto estima é comparar o seu resultado com o de terceiros.
Cada pessoa é única e os resultados sempre serão diferentes.
Até mesmo gêmeas idênticas não conseguem obter resultados 100% iguais, quem dirá
você com sua amiga.

Trabalhar em atividades que não requerem esforço físico, retorno no dia seguinte.
Atividade física: 2 semanas com atividades de baixo impacto em membro inferior. Um mês para treinos de membro superior, com algumas restrições.
Dirigir: No dia seguinte. Algumas pessoas preferem alguns dias de repouso, reiniciando 2 a 3 dias depois.
Dormir de lado: Parte mais difícil pois orientamos que não se deite de lado por 30 dias.

Sim, algumas pessoas se arrependem do tamanho. Orientamos que aguarde 1 ano ao
menos, pois passará por um período de adaptação e cicatrização ainda.
A grande maioria sente isso pois se acostuma com as mamas inchadas. E gostam delas.
Depois que desincham, ficam com saudades da mama inchada.

Este problema é um pouco mais difícil de solucionar pois a pele foi esticada e, se diminuir o implante, pode haver sobra de pele.
Para evitar a cirurgia de retirada de pele, a mastopexia, por vezes sugerimos a paciente que fique um tempo sem os implantes, permitindo que a pele se retraia naturalmente. Depois de 3 a 6 meses, reimplantar uma prótese menor. Obviamente as opções serão discutidas em consulta.

Sim. As cicatrizes ao redor da aréola, chamadas de periareolares, costumam ter boa
evolução. As aréolas costumam ficar maiores após as gestações ou já nascem grandes em caso de mamas tuberosas.

O que interfere na amamentação é a manipulação das glândulas mamárias. Se
conseguirmos evitar isso durante a cirurgia de implante, a chance de amamentação é quase
igual a de quem nunca fez cirurgia. Assim, preferimos a cicatriz posicionada no sulco
mamário e evitamos as cicatrizes na aréola sempre que possível para pacientes sem filhos.

Existem prós e contras em ambos os lados. Seu médico irá decidir de acordo com a
experiência dele e sua vontade.
Nós usamos o plano atrás do músculo na grande maioria dos casos, pois o resultado
estético é mais previsível, há menor taxa de contratura capsular e maior sustentação e
cobertura para o implante.
Quando está na frente do músculo, o resultado é mais dependente da qualidade da pele e
ligamentos da mama para sustentação do implante.

A genética é fator muito importante para a qualidade da cicatriz. Se você já possui quelóides ou cicatrizes hipertróficas (cicatrizes mais grossas, altas e duras).
Quelóides são mais comuns em algumas etnias como os orientais, afrodescendentes e
indígenas.
Pacientes que têm esta tendência, devem aceitar o risco de ocorrer este problema em suas cirurgias. O seu tratamento é longo e delicado. Discutiremos adiante as opções.

A inervação das mamas é tanto mais preservada quanto menos se invade o tórax lateral e o meio (próximo ao osso esterno).
Ou seja, a escolha do volume de prótese mais proporcional à estrutura da paciente diminui o risco de alterações de sensibilidade permanentes.
No início, é comum a ocorrência de aumento da sensibilidade, que melhora com 40 a 60 dias. Acredita-se que as alterações que já perduram por mais de 1 ano, comumente são definitivas. A prevenção é o melhor remédio.

Sim, podem surgir estrias após o aumento mamário. Dois fatores de risco são conhecidos:
idade menor que 25 anos e ausência de filhos.
Ou seja, se você se é jovem, sem filhos, com pele firme e mamas pequenas, cuidado, se
exagerar no volume, as estrias surgirão.
Nestes casos, indicamos o uso do laser de CO2 fracionado na própria clínica para amenizar o aspecto das mesmas.

Existem muitos mitos sobre isso. Implantes pequenos, bem sustentados e pele firme, em geral vão muito bem sem sutiã.
Recomenda-se para práticas de atividades esportivas de impacto, sempre muita proteção e sustentação.
No dia-a-dia, se a paciente sentir-se confortável, pode sim ficar sutiã.
Nunca mais é uma distância muito longa. Vivemos em um planeta com gravidade, que vive puxando as coisas para baixo.

Sim, pode. Silicone não é golpe de mágica milagroso e duradouro. Existem aqui duas
situações distintas:
  1. Queda do Silicone. O risco pode ser minimizado com técnicas de sustentação do
mesmo.
  2. Queda da mama. Depende da qualidade da pele, do volume mamário e da
estabilidade do peso da paciente.
São situações bastante distintas, com causas e tratamentos diferentes.

A escolha é feita, 90% baseada em parâmetros técnicos e objetivos, a saber:
largura da base da mama formato do tórax elasticidade da pele volume mamário prévio percentual de gordura corporal altura da mama em relação ao tórax
A paciente pode opinar em relação ao formato (redondo ou em gota) e a projeção do
mesmo (baixa, média, alta).

Hoje utilizamos a anestesia geral endovenosa. É muito segura e o tipo de medicação
utilizada é de eliminação rápida, permitindo agilidade na recuperação e alta precoce.

Em geral não. A paciente fica no hospital de 4 a 6h após a cirurgia em média. A paciente se interna pela manhã e tem alta à tarde

Esta é uma dúvida comum, um dilema aliás.
Se o plano de engravidar estiver dentro de 2 anos, recomendamos que espere.
Se não tem planos concretos ou seria para mais de 2 anos, e tem muita vontade: Corra
atrás.
Quando a paciente nos busca para a cirurgia após os filhos, o contexto é outro, a cabeça é outra, os tipos de viagens e roupas são outros e a cirurgia é outra.

“Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra
novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou.”
(Heraclito)
Em resumo, se tem vontade e não pretende engravidar em breve, segue o plano.

Para o cálculo dos custos da cirurgia, deve-se levar em conta:
Local onde será realizado a cirurgia: Clínica ou Hospital (com ou sem UTI).
Custo do implante:
Materiais descartáveis
Tamanho da equipe
Cirurgião e sua experiência (bagagem acumulada)
Tempo de acompanhamento pós operatório
Se quiser saber uma média de valores, de forma aproximada, envie um email para equipe ou nos envie um direct no instagram (@marcelo_ono).

As próteses de silicone tem formato redondo ou anatômico (em gota). Esta última é usada para pacientes que querem colo menos marcado e algumas indicações específicas, como pólo inferior curto e aréolas baixas. As próteses anatômicas são pouco utilizadas no Brasil, talvez por uma questão cultural.
As próteses redondas possuem projeção baixa, moderada, alta e extra-alta. A projeção
baixa raramente é usada. A extra alta, deixa a mama com formato mais “bolinha” e é usada em pacientes que desejam mamas mais marcadas ou tem a base mamária (largura) estreita e querem mais volume.
Existem prós e contras no uso de implantes muito projetados que serão discutidos em
consulta.
Uma boa parte dos implantes usados são redondos de projeção alta.

A diferença é na cobertura. Por dentro são iguais. Os implantes lisos não possuem
nenhuma rugosidade em sua superfície. Os texturizados possuem várias ranhuras e os
implantes de poliuretano são bem rugosos, com bastante aspereza.
Quanto mais textura, maior é a tendência de aderência dos implantes, ou seja, menor risco de rotação e deslocamentos.
Nos últimos anos, começou a ser questionado o uso das texturas, devido ao risco de uma condição rara chamada ALCL. Este é um tipo de linfoma, um câncer do sistema linfático, muito raro, que ocorre na cápsula dos implantes. Além da genética e outros fatores ainda não conhecidos, identifica-se como UM DOS fatores de risco, a textura dos implantes.
A comunidade científica internacional se divide ainda ao dizer o futuro dos implantes
texturizados. Estamos de olho.

O prazo de validade dos implantes atuais é considerado INDETERMINADO.
No entanto, isto não quer dizer que nunca mais será preciso trocar.
Recomenda-se exames de imagem rotineiros, uma ultrassonografia já resolve a maioria dos casos. Se houver algum problema, não importa se foi com 1 ano, 5 anos ou 15 anos, você deve retornar ao seu médico para realizar a troca.
Assim, é importante assimilar a ideia de que, uma vez colocado o implante, você deve
preparar-se psicologicamente e financeiramente para operações futuras. Ainda que não tenham data marcada.
Não comprem a ideia de que você tem uma prótese vitalícia e nunca mais irá trocar.

Após algumas semanas da implantação da prótese, seu corpo irá produzir uma membrana, uma cápsula que irá envolver este implante. Esta cápsula funciona como uma forma de defesa do seu corpo.
Por algum motivo, seu corpo pode produzir uma cápsula gradativamente mais grossa e dura, tornando o implante mais duro e preso, devido a compressão externa.
A paciente refere maior rigidez do implante, o mesmo tende a subir e ir para o centro do tórax.
Em graus avançados, a mama torna-se dolorida.
Graus leves de contratura capsular ou encapsulamento podem ser controlados com
medicação. Graus avançados requerem cirurgia. Na cirurgia é realizada a remoção das
cápsulas, chamada capsulectomia, e a troca dos implantes.

Seroma é o acúmulo de líquidos ao redor do implante. Pequenas quantidades, detectáveis apenas ao ultrassom, são comuns. Quantidades maiores não podem ser consideradas comuns e devem ser investigadas e acompanhadas de perto.

Sim, infelizmente. Todo material feito pelo homem é passível de falhas. As rupturas podem ocorrer por pressão excessiva durante a inserção, trauma decorrente de objetos cortantes ou simplesmente, envelhecimento e fadiga do material. Esta última causa parece ser a mais comum no dia-a-dia.
A ruptura não costuma ser diagnosticada clinicamente, sendo detectável apenas ao exame de imagem. A história natural é a suspeita levantada ao ultrassom e confirmada pela Ressonância magnética.

Até o presente momento não existem dados que sustentem esta afirmação. Existe o linfoma da cápsula, chamado ALCL que será discutido abaixo.

Os exames de imagem são realizados de maneira rotineira em quem tem implantes de silicone. Radiologistas preferem que o implante esteja localizado atrás do músculo pois a distinção entre o tecido mamário, músculo e implante é mais nítida.

O linfoma anaplásico de células grandes (ALCL) associado a implantes mamários é
um distúrbio linfoproliferativo das células T que foi recentemente reconhecido como
uma entidade independente na classificação de linfomas da Organização Mundial
de Saúde (OMS).
Ou seja, um câncer do sistema linfático que se manifesta na cápsula dos implantes.
O primeiro caso foi diagnosticado em 2011 e, em 2018, o FDA (agência reguladora
de saúde dos EUA), reconhece como um dos fatores de risco, a presença das
texturas nos implantes.
Trata-se de doença rara, muito mais comum em pacientes que fizeram o uso de
implantes após mastectomia e reconstrução de mama, ou seja, o componente
genético deve ser um fator de risco.
O tempo médio de aparecimento do mesmo é de 8 a 12 anos após o implante e os
sintomas mais comuns foram o SEROMA e MASSA MAMÁRIA palpável.
A incidência real não é conhecida assim como não são conhecidos todos os fatores
de risco. Na literatura médica, há dados que variam entre 1 a cada 13.000 implantes
até 1 a cada 35.000 implantes.
Inicialmente, em 2011, o alarde e a preocupação na comunidade científica foi
imensa, sob temor da explosão de novos diagnósticos, o que não tem ocorrido na
mesma proporção.

O termo “Doença do Silicone” é um termo utilizado na internet pelo público leigo para definir possíveis sintomas causados pelo implante de silicone. Os sintomas descritos incluem mais de 60, alguns muito inespecíficos.
A discussão sobre os possíveis efeitos colaterais no corpo humano, pode parecer nova,
mas iniciou-se na década de 60.
Em 1982, sob argumento de possíveis riscos à saúde das mulheres, a prótese de silicone foi proibida nos EUA, entrando em um período chamado de moratória. Somente após 14 anos de estudos sobre a segurança dos dispositivos, ou seja, em 1996, as próteses de silicone foram novamente liberadas nos EUA. Por isso, por lá, foi comum o uso de próteses salinas, uma “bexiga preenchida com soro fisiológico”, no lugar dos implantes de silicone.
Muito se discute em eventos médicos, sob os possíveis efeitos colaterais e sintomas
sistêmicos que podem ser causados pelo silicone.
Alguns estudos demonstram melhora definitiva dos sintomas descritos pelas pacientes, como cansaço, dores nas juntas, olho seco, sintomas intestinais após o explante. Nestes casos, admite-se a hipótese de que o implante pudesse ser parte ou total causa dos sintomas.
No entanto, outros estudos apontam que a melhora, em algumas pacientes, é apenas
TEMPORÁRIA. Nestes casos, onde a melhora foi temporária, sugere-se que a melhora
inicial foi apenas “efeito placebo”, ou seja, estavam tão ansiosas para remover os implantes que “tudo se curou de forma repentina” após a remoção do mesmo.
Com os dados atuais, sugere-se que o silicone tem baixo índice de complicações, mas não é zero.
Ainda que seja a forma mais segura de aumentar as mamas, o índice de satisfação é alto e os problemas de longo prazo podem ser resolvidos.
Isso não quer dizer que é um procedimento isento de riscos.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica se uniram em uma campanha para compartilhar com o público geral informações seguras e esclarecimentos acerca de mitos sobre a Síndrome ASIA (Autoimmune Syndrome Induced by Adjuvants), comumente chamada de ‘síndrome do silicone’.
ASIA é uma síndrome autoimune/inflamatória induzida por adjuvante. Adjuvantes são
diferentes substâncias que podem estimular a resposta imunológica. Algumas substâncias, como o silicone, podem atuar como um adjuvante. Assim, embora muito raramente, o silicone das próteses mamárias pode ser o gatilho para o desenvolvimento de resposta inflamatória e autoimune em pessoas com predisposição genética.
Diagnóstico – Descrita pela primeira vez em 2011 pelo médico israelense Yehuda
Shoenfeld, a suspeita da síndrome ASIA geralmente recai em pacientes com implante de prótese mamária de silicone com queixas como dores articulares, musculares, fadiga, podendo ter algumas queixas neurológicas. Entretanto, não há nenhum exame laboratorial, de imagem ou critérios diagnósticos validados e aceitos mundialmente para esta síndrome.
“Embora a ocorrência da ASIA induzida por silicone seja rara, como a prótese mamária de silicone vem sendo realizada nas últimas décadas com maior frequência, vale o alerta que pode desencadear resposta inflamatória e autoimune em pessoas geneticamente predispostas”.
Entre os pacientes que apresentam maiores riscos de desenvolver a síndrome ASIA,
acredita-se, estão aqueles que apresentam predisposição genética, deficiência da vitamina D., relato de reação autoimune a adjuvantes (silicone), condições autoimunes já diagnosticadas (ex. artrite reumatoide), história de alergia e doenças atópicas e história familiar de doenças autoimunes. Prevenção – Para se evitar esta complicação, o cirurgião plástico, antes de fazer o implante de silicone, deve verificar antecedente pessoal e familiar de possível doença autoimune, reação prévia a adjuvantes, e, eventualmente, solicitar avaliação de reumatologista para casos duvidosos.
“Doença do silicone e síndrome ASIA não são a mesma enfermidade. A doença do silicone é um termo usado pelas próprias pacientes para descrever um conjunto de sintomas que atribuem ao uso do implante, também conhecido em inglês como Breast Implant Illness (BIIs). Dentre os sintomas, estão: fadiga, depressão, mau funcionamento intestinal, dores articulares etc. Por se tratar de um quadro recém descrito, essa associação entre o silicone e o desenvolvimento de sintomas que simulam doenças imunológicas ainda está em estudo e a OMS (Organização Mundial de Saúde) ainda não reconhece esse termo como uma doença real. Além desse fato, não foram identificados ainda exames que comprovem a afecção, dificultando a sua diferenciação e sintomas habituais decorrentes do estresse, por exemplo. Apesar de usado, muitas vezes, para englobar a Síndrome ASIA, BII e ASIA têm quadros distintos”.

Este é um assunto controverso ainda na comunidade científica. Teorias da conspiração dizem que a indústria esconde os dados e engana as pessoas. Isso não ocorre. Existem estudos que sugerem pequeno aumento de doenças autoimune em mulheres com silicone.
A interpretação que temos destes dados é que, se houver, o risco não é tão alto, haja vista o número imenso de mulheres que já têm o dispositivo há anos e não apresentam doença alguma.
Por outro lado, se a pessoa possui uma predisposição genética a determinado tipo de
doença auto-imune sistêmica, admite-se sim a possibilidade de que o silicone possa atuar como um gatilho para o desencadeamento da mesma.
Por isso, se a pessoa já possui um doença autoimune diagnosticada, como lúpus, artrite reumatoide ou algum tipo de reumatismo sistêmico, deve-se discutir muito a indicação do implante. Pesar os prós e contras.
Em pessoas saudáveis, o risco é muito baixo.

O tipo de doença auto imune, o estado de controle do mesmo e quanto a pessoa realmente deseja ou precisa da cirurgia deve ser levado em conta.
Por ex, a tireoidite de hashimoto é comum hoje em dia em mulheres jovens. É facilmente controlada com medicações e a cirurgia não representa grande risco para esta pessoa.
Por outro lado, uma pessoa com lúpus sistêmico, doença que pode se descontrolar com alguma facilidade e atacar qualquer órgão, deve pensar muito se vale a pena o risco ou não. Se você possui alguma doença crônica e pensa em realizar implante de silicone, o primeiro passo é ouvir a opinião do especialista que cuida de você (ideal mesmo uns 2 ou 3).

Um professor meu dizia que, se a cerveja e carne vermelha viesse com rótulo dos possíveis efeitos colaterais, ninguém passaria perto. É isso que acontece? Não. Por que? E os possíveis efeitos colaterais de uma simples dipirona?
De verdade, há risco em tudo, inclusive em viver. Viver é perigoso.
O que se percebe hoje é uma amplificação exagerada de efeitos raros de eventos adversos de um dispositivo usado na medicina há mais de 30 anos.
Infelizmente, as redes sociais favorecem a propagação de notícias falsas, comportamento de manada, influenciado por pessoas nem sempre bem intencionadas.
É importante reconhecer que, em todo procedimento invasivo existe algum risco. Até
mesmo procedimentos como a colocação de preenchedores faciais, toxina botulínica,
tratamentos amplamente realizados, carregam algum risco.
Resta saber se os riscos compensam os potenciais benefícios no seu caso específico.
Saiba avaliar os prós e contras de cada situação. Converse com especialistas que estudam o assunto todos os dias.

O rastreamento do câncer de mama é realizado da mesma forma. Não muda nada.
Em pacientes com alto risco, por histórico pessoal ou familiar, considera-se a possibilidade de remover parte do tecido mamário para “trocar” por implantes. Sim, é uma opção a ser considerada. Converse com seu médico.

Podemos dividir em grupos de pacientes que nos pedem para fazer o explante:
Grupo 1: Envelhecimento. Simplesmente não faz mais sentido, nesta fase da vida, ter um dispositivo que necessita ser acompanhado. As preocupações estéticas não são prioridade para algumas. Querem apenas paz.
Grupo 2: Problemas com o implante, como contratura capsular (encapsulamento), ruptura, descolamento, seroma. Não querem mais lidar com o problema.
Grupo 3: Ganho de peso. Se a paciente com silicone mamário ganha 5kg, visualmente pode parecer que ganhou 10kg. Isso incomoda muita gente e pode influenciar na decisão.
Grupo 4: Preocupação com operações futuras, seja por risco ou questão financeira. Não querem mais reoperações mamárias.
Grupo 5: Mudança no estilo de vida. Mudanças alimentares, atividades físicas. Decidiram que o silicone não faz mais sentido.
Grupo 6: Indicação médica. Doenças crônicas não controladas ou de difícil controle. Seus médicos especialistas a orientam para tal.
Grupo 7: Influência social por mídias. Existem grupos que estimulam este comportamento, inclusive médicos e profissionais da saúde. Alguns defendem idéias próprias, outros apenas querem se aproveitar de um outro “nicho de mercado”. Literalmente criam o caos para vender a solução.
Informação científica de qualidade será sua aliada. Se decidir retirar também, não se deixe influenciar pois o corpo é seu. Você tem autonomia sobre estas decisões.

Sim, é possível levantar as mamas sem silicone. Aliás, a cirurgia de mastopexia não requer o uso do silicone. Os tecidos mamários podem ser apenas modelados de forma que as mamas não fiquem “olhando para baixo”. Junto com isso, a redução das aréolas, lipoaspiração na lateral das mamas e retirada de tecido mamário podem ser associadas.

Mastopexia é uma cirurgia de elevação mamária. Mamoplastia se refere a qualquer plástica mamária, de forma genérica. A mamoplastia pode ser de aumento ou redução.

Durante a mastopexia será retirado o excesso de pele das mamas. Esta pode ser feita ao redor da aréola (periareolar), vertical (cicatriz em pirulito), ou vertical e inferior (cicatriz em T curto, T tradicional ou L). Estas são as cicatrizes tradicionais da mastopexia. Recentemente,
temos trabalhado na evolução de uma técnica de mastopexia, apenas com cicatriz no sulco mamário, de 5 cm (dobra da mama, como na cirurgia de aumento simples). Chamamos esta técnica de mastopexia interna.
A mastopexia periareolar é usada em casos de exceção, para mínimas elevações ou para redução do tamanho das aréolas.

A mastopexia tradicional com cicatriz em T invertido costuma ser muito parecida em casos com ou sem silicone. Ela é diretamente proporcional à quantidade de pele retirada.

A percepção de um resultado bom ou ruim depende muito da expectativa da paciente. O resultado técnico da mastopexia sem implante depende da técnica empregada onde é feito a modelagem interna dos tecidos e retirada de pele excedente. No entanto, depende muito da constituição original da mama. Estas são constituídas de glândula mamária, que são mais firmes e gordura. De acordo com a distribuição, classificamos as mamas em “glândulares”, que são mais firmes ou “gordurosas” que são muito flácidas. Algumas são “mistas”. Como não será incluído o implante, a consistência da mama ao final da cirurgia tende a ser muito parecida com a do pré operatório, modificando apenas o formato.
Lembramos que todos os benefícios funcionais, quais sejam, a diminuição das dores nos ombros, peso do sutiã e má postura, podem ser obtidos sem o silicone.
Opta-se pelo silicone quando há intenção de melhorar o formato das mamas, deixando mais redonda e para aumentar a consistência das mamas.

A manutenção de um resultado de cirurgia mamária depende de: Manutenção do peso o mais estável possível, qualidade da pele e ligamentos da mama, consistência da mama original.
Como silicone, uma boa parte da mama não sofre as variações da oscilação de peso e envelhecimento dos tecidos, assim, o resultado estético a longo prazo tende a se manter um pouco mais estável.
A mastopexia sem implante sempre se modifica muito dentro do primeiro ano e a mama se “assenta”, o que faz algumas pacientes classificarem como “queda”. Por isso, com frequência ouvi dizer que “sem implantes as mamas caem muito rápido”.
Lembre-se: Manutenção de peso sem grandes oscilações é um dos fatores mais importantes para a estabilidade do resultado a longo prazo. Esta é a SUA parte.

Sem sutiã, em geral não. Com sutiã, juntando o volume para o meio o volume se preenche.
O famoso “colo marcado”, aquela mama redondinha só é possível com implante de silicone.

Na mastopexia sem implante ou mamoplastia redutora ou enxerto de gordura pode ser usado como forma complementar, diminuindo diferenças entre as mamas e para melhorar o envelhecimento da pele do colo, frequentemente exposta ao dano solar. A gordura complementa o resultado mas nunca será capaz de substituir o implante mamário em relação ao resultado estético.
Minhas mamas ficaram muito flácidas após a amamentação, é necessário colocar prótese?
Se possui um bom volume mamário, você poderá apenas levantar e retirar o excesso de pele. Sem necessidade de colocar implante. Em vários pontos aqui discutimos os prós e contras da colocação do implante.

Mamas densas e duras tem alta concentração de glândulas, por isso dizemos que são “glandulares”. Estas mamas tendem a ficar muito bem SEM implantes. Devido a alta consistência original.

A literatura médica indica que pacientes com IMC (índice de massa corpórea) maior que 30, classificados como obesidade nível 1, têm maior índice de complicações pós- operatórias, como abertura de pontos, seroma, dificuldade de cicatrização.
Na minha experiência os pacientes com sobrepeso, IMC maior que 25 têm maior chance de grandes oscilações de peso e perda do resultado estético, gerando maior índice de reoperações. Assim, visando maior segurança e melhores resultados com menor índice de reoperações, a maioria dos pacientes que estão com IMC entre 26 e 28. (Cálculo do IMC só não é fiel para avaliação em pessoas com alta taxa muscular.) Saiba como calcular o seu IMC, clique aqui.

A redução de tecido mamário retira o local onde o câncer se desenvolve. Assim, já está
comprovado por trabalhos científicos que a retirada de tecido mamário, seja na redução com ou sem implante, irá diminuir o risco de desenvolvimento de câncer de mama no futuro.
Vale lembrar que, durante a redução com implantes, a retirada de tecido glandular é ainda maior do que na redução simples, sem implantes.

Trabalhar em atividade sem esforço físico: média de 2 semanas. Com esforço físico, 30
dias.
Atividade física: academia com baixo impacto e aeróbio, média de 30 dias.
Dirigir: média de 2 semanas.
Dormir de lado: média de 30 dias.
Apesar de haver pequenas variações individuais, a maioria sofre um pouco nos primeiros 3 dias, depois de 1 semana, sentem-se bem.
Após 2 semanas, a vida cotidiana segue sem grandes dificuldades e após 1 mês a vida retorna ao normal.
Esta é uma sequência comum e rotineira para a maioria, podendo haver exceções à regra, como sempre na medicina.

Mastopexia é o termo usado para “levantar as mamas”. A mastopexia pode ser sem
implante, com implante ou associada a redução de mamas.
A mamoplastia é um termo mais genérico e refere-se a qualquer plástica mamária.
A mamoplastia pode ser redutora ou de aumento, por exemplo.

Alça muscular é um fragmento do músculo peitoral maior que é deixado para trás com
intuito de sustentar o implante.
Trata-se de uma modificação da técnica do dual plane onde toda a parte inferior do músculo é liberada, sendo que o músculo acaba cobrindo apenas a parte superior do implante.
Existem várias referências a diversos modos de sustentação do implante, no entanto, a
publicação específica deste termo e enfoque na sistematização do mesmo foi publicada por nós em 2019 na Revista Plastic and Reconstructive Surgery – Global Open.
Link.
Este artigo recebeu o prêmio de melhor artigo da categoria na América Latina no ano de 2020. Link.

O sutiã interno refere-se a manobra de fixação do sulco mamário, parte inferior da mama, com suturas de diversos tipos, com intuito de oferecer maior suporte aos implantes.
Recapitulando: Alça muscular é um fragmento do músculo peitoral maior que é preservado na lateral. Sutiã interno, são suturas, pontos aplicados na parte inferior da mama.
Ambos podem ser usados em conjunto quando necessário.

O dual plane ou plano duplo foi descrito no início dos anos 2000, por um cirurgião
americano chamado Dr Tebbets (morto em 2022). Consiste na colocação do implante de forma que a parte superior fique coberta pelo músculo e a parte inferior fique sem cobertura muscular, ou seja, subglandular. É um plano misto.
Isto porque a prótese totalmente abaixo do músculo fica muito alta, pois o músculo é mais alto que a mama em geral.
Ele descreveu o dual plane em vários graus, de acordo com o nível de cobertura muscular, sendo o dual plane tipo 1, maior cobertura muscular e o dual plane tipo 3 com menor cobertura muscular.
O dual plane então é um tipo de cobertura muscular parcial.

Ambos são planos de cobertura submuscular parcial, mas com a alça muscular, além da cobertura muscular, é preservado uma fina porção de músculo peitoral maior na porção lateral.
Seria como um dual plane tipo 1 com a preservação de uma pequena faixa lateral extra de músculo. Ou seja, uma diferença no desenho, mínima. No entanto, esta diferença mínima se mostrou muito grande na prática clínica pois se evidenciou que o músculo sofre menos retração superior e o implante corre menos risco de deslocar lateralmente.

A marcação do implante depende de vários fatores, sendo um dos mais importantes, a posição final do implante. Assim, se o implante tende a ficar mais estável, sim contribui para a marcação do colo.
Outros fatores:
Peso e percentual de gordura: Quanto maior a camada de gordura abaixo da pele, mais o implante será escondido.
Quantidade de tecido mamário sobre o implante: Pouco volume mamário sobre o implante, torna a mama mais marcada. O contrário também é verdadeiro.
Projeção e volume do implante: Quanto maior a projeção, mais marcado. Em teoria os implantes que mais marcam são os extra altos. No entanto, são menos estáveis e tendem a realçar assimetrias pré existentes, por isso não utilizamos com tanta frequência.
Formato do implante: Próteses em gota, ou anatômicas, marcam menos que as redondas.

O risco em teoria existe, mas é baixo. Basta não exagerar muito no tamanho do implante e aplicar a retirada de pele de modo proporcional.
Estrias são comuns em pacientes com menos de 25 anos, sem filhos e que irão se
submeter a implante mamário pela primeira vez.

Quanto mais flácida a pele, maior a necessidade de encontrar suportes extras para o implante que não seja a própria pele. Por isso, quanto maior a flacidez, maior o grau de cobertura muscular necessário. Peles muito flácidas, como em pós bariátricos, podem interferir um pouco no resultado, mas mesmo assim, continuam satisfatórios para a grande maioria.
A flacidez excessiva resultante da grande perda de peso, é um desafio nesta cirurgia. Consideramos que a pele não é muito confiável para este tipo de paciente, pois a perda de fibras colágenas, estrias, frouxidão dos ligamentos da mama são muito expressivos. A técnica de sustentação com implantes submusculares com a alça muscular, sim é uma boa opção para estes casos.
Durante a cirurgia de mastopexia, haverá em maior ou menor grau, alguma manipulação das aréolas e do tecido mamário. Isso pode sim interferir negativamente na amamentação. Ou seja, nem todas as pacientes conseguem amamentar após esta cirurgia. Um conceito interessante é preservar o máximo de tecido mamário glandular nesta cirurgia para pacientes que ainda desejam engravidar.
Este risco existe e é tão maior quanto maior for a mama e consequentemente o porte da cirurgia. Aréolas que são muito baixas e sofrem maior risco, assim como grandes reduções de mama. Nos primeiros meses esta alteração é mais evidente, melhorando gradualmente com o tempo. Após 1 ano, o que não melhorou, em geral se torna definitivo. Veja na figura abaixo (incluir figura sobre os nervos da mama), os nervos sensitivos da mama saem da lateral do mesmo. A preservação destas áreas, juntamente com técnicas menos agressivas na mobilização das aréolas, reduzem o risco destas complicações.
A mama é composta por pele, tecido glandular e ligamentos. Mesmo com uso do implante, é natural que ceda em algum grau com o envelhecimento. O tempo exato que uma mama ficará “em pé” não é previsível pois inúmeros fatores são envolvidos, como a qualidade da pele, quantidade de glândula e gordura, peso da mama etc. Um dos fatores que está sob controle da paciente e influencia na queda precoce das mamas é a grande oscilação de peso. O famoso “efeito sanfona” acelera a queda das mesmas.
É um marca na parte inferior das mamas, que é visto após o implante mamário correspondente ao sulco mamário antigo. Seria como se a parte inferior das mamas que correspondia a dobra mamária original não se expandisse, fazendo um garrote nas mamas.
O efeito em cascata ou “waterfall deformity”, como relatado em língua inglesa, refere-se ao fato do tecido mamário cair sobre o implante estável. Imagine que o implante ficou fixo no lugar e o tecido mamário e a pele, por razões diversas, cedeu sobre o implante. Esta situação é comumente vista em implantes abaixo do músculo ou acima do músculo com contratura capsular.
O período médio de recuperação é de 2 semanas. Isso não significa que irá ficar deitada o tempo todo, aliás isso não é saudável. Recomenda-se movimentar-se dentro de casa e exercícios regulares com os braços de acordo com orientação da equipe. Em geral, os movimentos de abertura dos braços até 90 graus para frente e para os lados são permitidos, preservando assim, a autonomia da paciente. Na terceira semana, caminhadas leves são liberadas e a partir da quarta semana, atividades um pouco mais intensas. Pode haver pequenas variações nestes prazos, de acordo com características individuais
O banho será iniciado no dia seguinte à cirurgia e pode ser tomado sozinha. Recomenda-se auxílio para ajudar com a retirada das roupas e cintas se houver cirurgias associadas, mas a autonomia é preservada. Muito cuidado com quedas de pressão e desmaios no banho. Evitar banhos muito quentes e demorados.
A necrose de tecidos é decorrente da falta de circulação de sangue para o mesmo. Nas aréolas, apesar de raro, é uma situação bastante estressante. Fatores que aumentam o risco de necrose de aréola em mastopexias incluem: cigarro, diabetes, idade avançada, múltiplas cicatrizes prévias no local. A escolha do tamanho adequado do implante também irá ajudar, pois evita pressão exacerbada sobre a circulação dos pequenos vasos sanguíneos.
A diferença das mamas é tão comum que chegamos a afirmar que é normal. Por mais insistentes e dedicados que sejamos, é praticamente impossível atingir 100% de simetria. Isso porque pode haver diferenças na constituição da mama, no volume, na tensão da pele, na projeção da caixa torácica, ombros e etc. O objetivo da cirurgia é diminuir ou atenuar as diferenças existentes, mas jamais torná-las iguais. Algum grau de assimetria, mesmo que pequeno, sempre irá persistir. Isso em geral não impede as pessoas normais de serem felizes com seus resultados pois irá conseguir avaliar o quanto evoluíram. Obviamente se a diferença for muito grande no pós operatório, pode ser necessário algum refinamento cirúrgico.
Apesar de ser uma prática comum, na essência este é o caminho mais rápido para frustração. A única comparação que pode ser adequada na cirurgia plástica é a sua própria evolução. Ou seja, de onde você estava até onde você chegou. Comparar-se com outras pessoas têm alta chance de te deixar frustrada.
Existe uma quantidade variável de gordura nas mamas e ela varia com o peso da paciente. Ademais, um dos objetivos da paciente quando usa implante é ter sustentação ou alguma marcação do colo. Este último pode ser prejudicado quando a paciente está acima do peso, causando frustração. As flutuações de peso produzem flacidez e podem levar a queda precoce das mamas, levando a reoperações. Quando o IMC acima de 30 (obesidade), outros fatores de risco como abertura de pontos, complicações anestésicas e seromas entram em jogo. Hoje, de forma arbitrária mas baseado em nossa própria experiência adquirida após operar milhares de pacientes, realizamos a mastopexia com implante em pacientes com IMC abaixo de 26 (este índice não é muito fiel para pacientes atléticas com alta taxa muscular).
O prazo de validade dos implantes é considerado indeterminado e sua substituição será necessária se houver algum problema estético ou funcional. Como as mamas não são estruturas fixas, a questão estética sempre será um dos maiores causadores de reoperações. No entanto, se houver algum problema com os implantes, também será necessário a troca dos mesmos. Penso que são dispositivos de validade longa de prazo exato não definido, ou seja, não duram a vida toda. Exames regulares comprovam sua validade e permitem que fique com os mesmos por longos períodos.
Pergunta comum em quem múltiplos cistos e nódulos nas mamas ou pessoas na família com câncer de mama. Retirar toda a mama de forma preventiva e colocar silicone somente é justificável em raros casos, especialmente aqueles com mutações genéticas familiares ou que já tiveram câncer em uma das mamas. Fora estes casos, o que pode ser feito é a diminuição da quantidade de tecido mamário, o que já reduz de forma significativa o risco do desenvolvimento deste problema no futuro, apesar de não zerar o risco. A retirada total da mama e substituição por silicone inclui alguns riscos, por isso não é indicada para todas as pessoas. No entanto, a diminuição do tecido mamário e inclusão de implantes pode sim ser uma opção para pacientes acima de 40 anos com alto risco de desenvolvimento de tumores (histórico familiar positivo). No jargão médico, chamamos de citorredução, ou seja, redução do número de células.

As cicatrizes hipertróficas são mais altas, duras e grosseiras e se restringem ao local que foi cortado. O quelóide é a versão piorada disso, mais intenso e se estende para além da área inicialmente cortada.
Assim, basicamente a diferença entre as duas é a intensidade.

Pessoas com queloide verdadeiro devem pensar 192x antes de fazer um corte nelas mesmas sem necessidade óbvia. A cicatriz hipertrófica costuma responder melhor aos tratamentos e se atenua com o tempo. Uma das medidas preventivas de maior sucesso é o uso da BETATERAPIA, um tipo de radioterapia específica para cicatrizes. Deve ser iniciada o mais breve possível após a cirurgia e tem taxas de sucesso na casa de 80% na prevenção de cicatrizes inestéticas. Pacientes de alto risco na nossa clínica sempre que possível, encaminhamos para centros específicos para realizar este tratamento complementar. 

O prazo médio para o ciclo cicatricial das mamas se completar gira em torno de 18 meses.
As aréolas e cicatriz vertical se clareiam mais rapidamente, ficando por último o componente horizontal.
Se a cicatriz ultrapassa os limites da mama, seja na medial (perto do colo), seja na lateral (tórax lateral), estes pontos costumam demorar muito mais tempo para clarear e são os mais visíveis. Assim, evitamos esses pontos sempre que possível.

Existem várias pomadas no mercado sendo que a maioria delas faz efeito de hidratar a
cicatriz. Um tecido cicatricial não consegue se hidratar sozinho, assim, precisa de auxílio externo.
Outras medidas são as fitas de silicone, muito úteis para evitar ou tratar a hipertrofia
cicatricial (quando estão mais altas).
Nós utilizamos com frequência o laser de CO2 fracionado para as cicatrizes, em geral após o 6º lugar mês de pós operatório.

Não são todas as pacientes que conseguem amamentar após uma cirurgia de redução ou levantamento mamário. Importante diferenciar do aumento mamário simples, onde a mama, os ductos ficam intactos, não havendo prejuízo para a maioria das pacientes.
Na redução ou levantamento das mamas, manipula-se as glândulas mamárias e nem todas as pacientes são capazes de amamentar. Algumas conseguem amamentar por curtos períodos e um grupo menor, amamentar normalmente.
É um risco que se corre, por isso, esta cirurgia em pacientes sem filhos deve ser realizada realmente quando houver uma boa indicação.

As mamas aumentam durante o ganho de peso e diminuem quando se baixa o peso. Nem sempre a pele acompanha este movimento, ocasionando queda precoce da mama e perda parcial do resultado estético.
Quanto mais estável for seu peso, mais durável será o seu resultado.

Existem modelos específicos para serem usados durante o primeiro mês. Entre 1 e 6
meses, recomendamos o uso de modelos que não machuquem a cicatriz.

Não há comprovação de que seja necessário dormir de sutiã para evitar queda das mamas.

Não há evidências científicas que suportem esta afirmação.

Todas as atividades de impacto devem ser realizadas com bom suporte mamário, seja sutiã ou top específico. Atividades repetitivas de alto impacto ao longo da vida podem sim enfraquecer os ligamentos mamários, propiciando flacidez e queda.

Se há pouca ou nenhuma flacidez de pele, apenas a troca do implante resolve. Aliás, se
não há flacidez importante e não há problemas com a prótese, como endurecimento,
deslocamento ou ruptura, recomenda-se apenas controle com exames. Postergue a cirurgia se as mamas ainda estão “Ok”, mesmo que não estejam perfeitas.

Depende do grau. Opções para evitar a mastopexia tradicional, em T invertido ou L, incluem a colocação de implantes maiores ou pequenas retiradas de pele ao redor da aréola (mastopexia periareolar).

Sim podem. No entanto, os resultados não são tão animadores como os vistos na região corporal devido a quantidade limitada de energia que pode ser utilizada nas mamas.
Mas sim, será uma ferramenta a mais para ajudar na flacidez mamária.
Outra ferramenta recentemente utilizada é o Morpheus, tratamento a base de microagulhas com radiofrequência cujo objetivo é melhorar a qualidade da pele das mamas. Este pode ser usado no colo mamário, pescoço e outras áreas ao mesmo tempo.

Nem sempre é necessário se a mama ainda estiver firme e com boa qualidade de pele.
Como na maioria dos casos, quem nos busca, o faz por conta da flacidez e queda das
mamas, como regra preferimos colocar abaixo do músculo nesta situação pois o implante se estabiliza de maneira mais previsível.
Não há consenso na literatura médica sobre este tema, assim, a troca de plano para a
maioria dos casos trata-se de uma conduta pessoal, ou seja, não é errado manter o mesmo plano de colocação antigo.

Na maioria dos casos, mantemos a prótese no mesmo plano e fazemos os ajustes do
espaço do implante (chamamos de loja do implante), quando necessário.
Em boa parte dos casos, ao longo dos anos a prótese se move lateralmente, sendo
necessário o fechamento deste espaço lateral.
Neste momento se avalia também a necessidade de retirar pele e reposicionar as aréolas.

Exceto em cirurgias muito recentes, alguns meses ou 1 ano, deve-se considerar a troca dos implantes nas reoperações. Isso porque uma parte da vida útil do material já foi usada e há risco de colonização do implante, o fato de tirar e colocar o mesmo implante algumas vezes.
Não existe uma regra fixa para isto, mas o bom senso deve reinar aqui. O custo do implante hoje é baixo, perto do valor da cirurgia e do transtorno de ser submetida a um novo procedimento.
Ou seja, exceto em reoperações precoces, com alguns meses de uso, na maioria dos casos mais tardios preferimos trocar por implantes novos.

Não existe um prazo de validade definido. Recomenda-se realizar exames periódicos e, se houver algum problema, troca-se os implantes. Não existe prazo específico, no entanto, não deve durar a vida toda. É importante imaginar que o resultado tem duração finita.

Chamamos estes casos de cirurgia secundária. O risco não é exatamente igual, pois a anatomia já foi alterada, existe diminuição da perfusão de sangue para os tecidos. Existe um risco pouco maior de necrose (perda de tecido) areolar e mal posicionamento dos implantes. Para diminuir este risco, é necessário que o cirurgião esteja muito familiarizado com esta cirurgia e a paciente se comprometa com os cuidados também. Em casos secundários, a escolha da paciente deve ser mais cautelosa para evitar dissabores futuros.

É natural que a mulher, após os 40 anos, sinta alguma diferença na espessura da pele.
Ademais, outros fatores como oscilações de peso, alimentação pouco nutritiva, cirurgias prévias e gestações influenciam na espessura da pele mamária.
Recidiva da flacidez (voltar a ficar flácida) com facilidade seria o problema mais comum decorrente desta situação.

Na maioria dos casos será recomendado volumes baseados na anatomia mamária e tórax, para oferecer maior segurança. Em geral, há alguma margem para cima ou para baixo tanto em volume quanto em projeção mamária, para ser ajustado de acordo com o gosto da paciente.

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